LAMENTO SECO

Meu pranto não molha a terra ferida
Quem dera caísse uma gota no chão
Devolvendo ao solo um pouco de vida
Trazendo  a esperança de água e pão

O pranto que choro lavou minha crença 
Não creio que a chuva caia  no sertão
Olho para o céu e peço clemência:
Meu Deus tenha pena deste meu torrão

É seco o pranto que tanto lamento
O peito está seco de mágoa e de dor
A seca não seca todo este tormento
Mas secou as horas vividas de amor 

E assim esse pranto que levo comigo
Seja ele a lembrança a me servir de alento
Nas terras estranhas onde buscarei abrigo
Será o  consolo para o meu sofrimento.
jambo
Enviado por jambo em 02/02/2007
Reeditado em 03/02/2007
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