*A SEREIA

Um canto bem longe, suave
Vindo com as ondas do vento
Desperta no jovem um alento
Na magia, no encantamento.

Num trote ligeiro vai indo
Ultrapassa a areia deserta
Os olhos avistam já rindo
Uma visagem em oferta.

Mulher de uma rara beleza
Sentada com olhar distante
Nas águas, a cada incerteza
Não vê na visão do amante.

Nada indaga e de onde vem
Prostra-se aos pés sem receio
No abraço o coração já refém
Submerge no mar, devaneio.


Do livro, Folclore em Prosa e Verso
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 18/05/2012
Reeditado em 18/05/2012
Código do texto: T3674115
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