VIDAS SECAS
A estiagem no sertão
Faz o sertanejo sofrer
Pois a plantação
Que seria seu sustento,
Aos poucos vai morrendo.
Sua família padece...
Com a fome e a sede
Que assola o sertão.
Sobraram apenas pra comer...
Os poucos grãos da última colheita,
Que para plantar reservara!
A água da pequena cisterna
Já está quase no final
E a sede será fatal
Se tão logo não chover.
Os poucos animais que restam
Estão magros e sem forças,
Pois não tendo o que comer
Aos poucos vão sucumbindo
Na aridez do sertão.
Mas o sertanejo é forte...
Não perde a esperança
E também não perde a fé.
Espera paciente...
Olhando o sol no horizonte
Faz uma prece e acredita
Que um dia a chuva virá.
A mulher e os pequenos
Dependem de sua lida
Para que possam comer,
E assim sobreviver.
Quando essa seca amainar...
Vai plantar sua semente
E esperar a colheita.
Mesmo vivendo em penúria...
Ele ama sua terra
E é lá que quer ficar,
Onde está sua raiz.
03-05-12