( Foto tirada do Google )

Morena

O sol vai nascendo,
vai quebrando o sereno.
Minha terra tão linda,
não se rende ao tempo.
 
Sou morena faceira,
donzela formosa.
Sou menina madrugueira,
pés descalço, vou para a roça.
 
Tenho a idade dos sonhos,
e alegria que me basta.
Não conheço solidão,
nem o  porquê de quem chora.
 
Um lencinho vermelho,
nos meus cabelos enrolados.
Um vestido de chita,
com uma fita desbotada.

Minha mãe me chama a casa,

chega a hora da boia.
Feijão com torresmo,
aipim frito e farofa.
 
Volto à noitinha para casa,
direto a me lavar.
De tão cansada fujo à prosa,
e na rede vou sonhar.


 ( Esta poesia é uma obra de ficção )
Fernanda Goucher
Enviado por Fernanda Goucher em 14/04/2012
Reeditado em 01/05/2016
Código do texto: T3612212
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