De muitas, és tudo.

Com toda a sua alvenaria incessante,

no sol a pino que racha a Boa Vista,

gandaias de buzina se perdem na luz,

no outrora recital do coreto da praça.

É como se a vida fosse germe e juá.

O tempo retrocede ao Marco Zero,

soluçando o cheiro dos manguezais

no passo recente de auroras bravis.

Com os seus garranchos de flozô,

pontes cantam o abraço dos rios,

no espasmo, na solidão do poeta.

Recife é sinônimo de bem-querer.

De mascates a vender seus sonhos,

dos que dormem à margem do sol.

Poema publicado também no Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 13/03/2012
Código do texto: T3552373
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