De muitas, és tudo.
Com toda a sua alvenaria incessante,
no sol a pino que racha a Boa Vista,
gandaias de buzina se perdem na luz,
no outrora recital do coreto da praça.
É como se a vida fosse germe e juá.
O tempo retrocede ao Marco Zero,
soluçando o cheiro dos manguezais
no passo recente de auroras bravis.
Com os seus garranchos de flozô,
pontes cantam o abraço dos rios,
no espasmo, na solidão do poeta.
Recife é sinônimo de bem-querer.
De mascates a vender seus sonhos,
dos que dormem à margem do sol.
Poema publicado também no Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).