~DE SAVEIROS E JANGADAS~

Mal surgem os raios primeiros

E a imensidão vai se azulando

Partem os valentes jangadeiros

Na labuta, as águas singrando!

É uma diária batalha, desafiante

Das redes a sobrevivência virá

Das praias seguem confiantes

A esperança peixes encontrará!

É preciso mais que a ousadia

De enfrentar os perigos do mar

Pescador sabe, com maestria

As tão bravias ondas, domar!

Histórias conta todo pescador

Daqueles que jamais voltaram

Atenderam a cantos de amor

E a Yemanjá se entregaram!

Incansáveis, voam suas redes

E as mergulham com insistência.

Elas voltam vazias, por vezes

Mas não abatem a persistência!

Crepúsculo, vai findando o dia,

Retornam saveiros e jangadas!

Redes cheias, reina a alegria!

Foi vencida mais uma jornada!

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Dedico este texto aos heróicos homens do mar, em frágeis embarcações, especialmente do norte-nordeste brasileiro, que, com valentia, lançam-se diariamente na luta por perigosa sobrevivência.

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gajocosta
Enviado por gajocosta em 05/03/2012
Reeditado em 12/05/2017
Código do texto: T3536663
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