~DE SAVEIROS E JANGADAS~
Mal surgem os raios primeiros
E a imensidão vai se azulando
Partem os valentes jangadeiros
Na labuta, as águas singrando!
É uma diária batalha, desafiante
Das redes a sobrevivência virá
Das praias seguem confiantes
A esperança peixes encontrará!
É preciso mais que a ousadia
De enfrentar os perigos do mar
Pescador sabe, com maestria
As tão bravias ondas, domar!
Histórias conta todo pescador
Daqueles que jamais voltaram
Atenderam a cantos de amor
E a Yemanjá se entregaram!
Incansáveis, voam suas redes
E as mergulham com insistência.
Elas voltam vazias, por vezes
Mas não abatem a persistência!
Crepúsculo, vai findando o dia,
Retornam saveiros e jangadas!
Redes cheias, reina a alegria!
Foi vencida mais uma jornada!
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Dedico este texto aos heróicos homens do mar, em frágeis embarcações, especialmente do norte-nordeste brasileiro, que, com valentia, lançam-se diariamente na luta por perigosa sobrevivência.
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