Cotidiano

Cotidiano

Aqui o cotidiano queima igual fornalha

O vento teima aparecer e o sol esquenta

À noite, o frio sossega o dia, que talha

Corta feito navalha, e sua noite alenta

Aqui temos, o que uma cidade normal tem

Ou deveria ter! Não são tão diferentes

Aqui temos problemas pra resolver, aos cem

Mendigos, sem tetos e pessoas carentes

O nosso dia a dia, menos frenético talvez

Mas, não menos distantes em importância

Geograficamente sim, com a sua sensatez

Ou insensatez política, tem a sua ganância

Ou seja! Não vivemos em aldeias contadas

Onças, como se estivéssemos na floresta

Temos casas normais e não são inventadas

Trabalhamos, sustentamos e fazemos festas

O coloquial e o habitual? Temos também

Absurdo dizer, que andamos todos pelados

Tantas mentes pobres, confusas... Amém

Deus tenha piedade, sei que é festa, coitados!

Existem tantas selvas, de tantas cores

Algumas paradas, outras frias e quentes

São sim, envolventes, com nota e sabores

Selva existe na gente, lá dentro, inerentes

André Fernandes

André Fernandes
Enviado por André Fernandes em 26/02/2012
Código do texto: T3521379
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