Cotidiano
Cotidiano
Aqui o cotidiano queima igual fornalha
O vento teima aparecer e o sol esquenta
À noite, o frio sossega o dia, que talha
Corta feito navalha, e sua noite alenta
Aqui temos, o que uma cidade normal tem
Ou deveria ter! Não são tão diferentes
Aqui temos problemas pra resolver, aos cem
Mendigos, sem tetos e pessoas carentes
O nosso dia a dia, menos frenético talvez
Mas, não menos distantes em importância
Geograficamente sim, com a sua sensatez
Ou insensatez política, tem a sua ganância
Ou seja! Não vivemos em aldeias contadas
Onças, como se estivéssemos na floresta
Temos casas normais e não são inventadas
Trabalhamos, sustentamos e fazemos festas
O coloquial e o habitual? Temos também
Absurdo dizer, que andamos todos pelados
Tantas mentes pobres, confusas... Amém
Deus tenha piedade, sei que é festa, coitados!
Existem tantas selvas, de tantas cores
Algumas paradas, outras frias e quentes
São sim, envolventes, com nota e sabores
Selva existe na gente, lá dentro, inerentes
André Fernandes