A FÉ DO AGRICULTOR

Quando eu era menino

Eu via meu pai

Ainda na terra seca

Preparar o solo,

Selecionar as sementes,

Motivado pela fé

De um ano bom de inverno.

A cada pingo de suor

Meu pai rejuvenescia.

Contemplando a invernada

Que ainda não aparecia.

Hoje,

Aos oitenta anos de idade,

Meu pai continua o mesmo.

O mesmo ser impoluto,

A cultivar novos frutos,

Com a mesma alegria!

Como filho de agricultor

Aprendi a cultivar esperanças.