A XAMADA DA CUMADE ZEFINHA
Cumade Zefinha,
Muié paridêra,
Muié gemedêra
Dibaxo dos pano.
Cumpade Biano,
Preá de roçado,
Vivia aguiado
Na boca do cano,
E assim todo ano
Nascia um safado.
O mais ingraçado
De toda essa histora,
É qui vinha a hora
Do armoço sagrado.
Cumpade agitado,
-Que Deus tape as oiça!
Berrava cum as moça,
Xingava os danado...
Cumade do lado
Brincando cum as lôça.
Vinte e oito prato,
Vinte e oito vida,
Pra tu dá cumida...
-Fico istupefato!
É ispaiafato
Cum tanta cuié,
Grito de muié,
Traque de artefato,
Tropa de gaiato,
Turma buscapé.
Então vinha a fila,
Cunade Zefinha
Pegava a listinha
Daqueles gorila.
Ficava tranqüila,
Lia os apilido...
Cumpade iscundido
Feito uma chinchilla,
Cumade disfila
Os adiquirido:
Saculejo, Socó e Aburricida – Presente.
Zé Tetéu, Chico Preto e Bacurau – Presente.
Barriguda, Fininha e Pica-Pau – Presente.
Lata D’água, Pincel e Formicida – Presente.
Fedegoso, Chorona e Atrivida – Presente.
Come-Dorme, Dentuço e Lentidão – Presente.
Abestado, Zambeta e Fura-Pão – Presente.
Coco-Seco, Sabugo e Remexida – Presente.
Vaca-Branca, Cochicho e Avinida – Presente.
Trovoada, Sumiço e Camarão – Presente
Vô gritá até treis. Sem confusão,
Voceis vem e se seive:
Ó-I O P-I-R-Ã-O!
ALMacêdo