O PASTÔ DAS UVÊIA

João 10,1-10

Se num entrá pur a porta

Num pode sê o Pastô,

É caba de vida torta

Qui nunca sindireitô.

O Pastô iscuta a vóiz

Da uvêia disgarrada,

Mete os pé pur as estrada

Inté a uvêia incrontá,

E quando incronta é uma festa,

Dá gosto de nóis oiá.

Diz o Pastô: Sou a porta,

A porta das minha uvêia,

Tombem num puxo as uréia

Se elas num quisé entrá,

Elas tem a liberdade

E eu num vô cuntrariá.

O Pastô traiz a cumida,

O ladrão bota o veneno,

O Pastô cuida da vida,

O ladrão rôba num aceno,

Distrói mais vida qui mata

Cum avidez in abundança,

Ataca véio e criança,

Isso ninguém mais se ilude,

Mas quando o Pastô se achega,

As uvêia se aconchega

Tendo vida in prenitude.

ALMacêdo

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 21/01/2012
Reeditado em 30/01/2012
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