ou...
Alegria do matuto
Nordestino nosso
desse imenso Brasil
puxando boi do patrão,
carregando lenha
para o fogão
fogareiro que só cozinha
de vez em quando...
ou mesmo suportando
o peso da fome
que bate à porta
da casa de taipa
e tramela torta
conformado, até feliz
boca escancarada
na risada sem dentes
o que mastigaria?
fumo de rolo no canto
da boca, como iguaria
nordestino nosso
suporta a seca danada
faz oração com a alma
de esperança represada...
como amigo, um burro
velho, cansado
e um cão desnutrido
de companhia a "muié"
e carrerinha de "fios"
"inté quano Deus quisé"