TERRA MOLHADA

TERRA MOLHADA

É manhã no sertão com muita chuva, mão no arado e pé no chão,

O sertanejo olha para o céu e desce a vista para a terra dando inicio a plantação,

O tempo da seca já passou, depois de muito esperar satisfeito vai ficar,

Pois Deus ouviu sua voz, mandou chuva, mandou água, para de a sua terra desfrutar.

O sertanejo sente a garoa da madrugada, pois começou a temporada,

Com mão no arado, ele pega a semente que está no saco,

Com fé e esperança vai ao campo, preparar a terra molhada,

As nuvens ainda se fazem, mas as sementes ele começa a colocar no buraco.

Enquanto planta, olha a beira da grama o seu gado,

Algumas cabeças se deitam outras estão no mato,

É tempo de água, e da folhagem que não falta,

Até o garrote com capim na boca, rumando para a sobrevivência já ensaia.

Seus filhos e seus netos, todos juntos estão na roça,

É o momento da terra, que esperou ao pé da porta,

O momento que a chuva traz, onde a planta da terra brota,

Trazendo fartura na colheita e a certeza de que a seca não mais importa.

Terra molhada, com seus ribeiros cheios e açudes vazando,

Terra molhada, com suas plantas verdes e seus passarinhos voando,

Terra molhada, com as criações no campo e os seus donos contemplando,

Terra molhada, com o homem satisfeito por estar plantando!