Jundiaí do Sul

Dentre as brumas e belas campinas

Nas altas colinas e nas pulcras matas

Se escondeste. Oh! linda menina

Que ilumina os dias meus

Terra de intensos e breves enleios

Do teu lindo seio, jamais me esqueci

Serão sempre eternos os meus devaneios

E a grande saudade que sinto de ti

São belas tardes e as noites fagueiras

As suas pastagens com muitas mangueiras

Todas as brincadeiras no rio Jundiaí

Os lindos momentos que nunca esqueci

Lembro da igreja e da “galeria”

A ruazinha da Delegacia

A escola, o campinho, os amigos, a praça

As matas e os rincões de belas cascatas

O Professor Luiz Petrini e a ruidosa sirene

Que quando soava causava euforia

O Cleto da Silva colégio solene

Manancial perene de sabedoria

O velho coreto que havia na praça

Laureado por fontes, encanto e graça

Ficou na memória da bela cidade

Deixando saudade também foi-se embora

Na distinta pracinha as mais belas flores

O sereno vergel é o mais belo do mundo

Santuário sublime de castos amores

Não esqueço de ti sequer um segundo

O Uberaba ou era o Larininho

Que sempre corria ao dizer-lhe “bainho”

De grandes bombachas o velho “Manito”

As muitas histórias de lendas, de mitos

Do teu povo verte alegria e amor

O labor sobeja essa bendita terra

E isso lhe faz grande e majestosa

Refúgio de paz e nunca de guerra

Jundiaí do Sul me entorpece de orgulho

Mergulho intenso em leda utopia

Lembranças que inspiram a minha poesia

E os dias que vivo distante de ti.