DESERTO À BEIRA-MAR PLANTADO
Foste jardim à beira-mar plantado
que das ocidentais praias lusitanas,
Levaste à plebe a arte e o abraço
em terras desconhecidas e estranhas.
Foste fulgor e grande, oh poderosa nação,
Invejada pelos grandes reis e senhores,
Porém hoje perdeste o fulgor e a função
és Pátria pobre e saqueada nos horrores.
Hoje do teu corpo cansado escorre a seiva,
Tua alma arde nos infernos das potestades
perdeste a magia o fulgor e a linda vida.
Em pó te estás a transformar oh Pátria minha
minada pelos teus homens loucos e perdidos,
és agora um triste deserto à beira-mar plantado.
09.07.2005
(Portugal continua a arder, tal como acontece todos os anos ele é pasto não só do extremo calor como de homens loucos e incendiários. De um país tão pequeno, não tarda muito veremos nele uma extensão do Deserto do Saará... tristeza que doi)