Volta Redonda
Nossa casa é de aço
Nossa escola é de aço
É de aço o céu
Nossas estrelas são de metais
Nosso berço é de aço
E quando nossa boca ferve,
Como que queimando o bafo,
É que nossa boca leve
É feita de aço
Que perfume sentimos
No gozar da aurora?
se na sinusite louca
de nascer morremos?
o canto do coleiro preso
Na periferia solidária
Nós temos fama de Cíclopes
Mas alçamos deuses nobres
casa, casinha, casarão
Envolta do rio tonto de infinito
Eu às vezes vejo o paraíso
Com os mesmos olhos com que vejo a solidão.