Fronteiras Do Tempo
Moro em Minas...
Minas das Gerais...
Terra do pão de queijo
Do mineiro cantador
Terra de grandes poetas
Do poeta trovador
Das porteiras sem fronteiras
Do trem de ferro a vapor
Que ao partir levou o ouro
E na fumaça deixou o seu valor
De um Brasil sem porteiras e fronteiras
Eu começo a caminhar...
Passo por Ouro Preto
Lá, eu vejo a riqueza
Da Cultura da cidade
Cidade de estilo barroco
Das obras do Aleijadinho
Cidade das belas igrejas
Que compoem o lugar
Passo por Tiradentes
Nosso grande inconfidente
E na terra sem porteiras e sem fronteiras
Assim como os tropeiros
Eu sigo a estrada real
Ao passar pelo Vale do Rio Preto
Chego ao Rio de Janeiro
Na estação Dom Pedro...
Central do Brasil...
Cidade de encantos mil
Meus olhos se alegram
Nem sei o que olhar primeiro
Troco o pão de queijo
Pelo Pão de Açucar
Vou ao Cristo Redentor
Passo nos arcos da Lapa
Passo na Igreja da Penha
E na praia do arpoador
No final dessa jornada
Me encontro em Copacabana
Deus ! Que lugar bacana !
Sinto-me extasiada
Sinto minha voz embargada
Eu paro para observar...
E ali eu me deparo
Com o grande poeta mineiro
Carlos Drummond de Andrade
Tranquilo... Sentado em um banquinho
Sentindo a brisa do mar.
Como mineira que sou
Não posso deixar de falar:
Eta mundão ! Sem porteiras...
E sem fronteira... Uai !
Autora: Maria Helena Alves Lamanna
Rio Preto-MG