Todos.

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mar de recifes,

destino seco.

e aquela linguagem de louças e letras,

protegida pelas mãos da babá francesa,

toma seu banho abissal

de boas paragens...

poesia, arte do povo.

o povo, vestido de fábula,

vestido de dom sebastião,

vestido de corpo nu

não sabe da poesia

o indelével dos que preenchem prateleiras

mascando chicletes de menta em seus gabinetes,

vestidos de farda,

vestidos de ouro,

de cetim do oficio.

o poeta do povo mal sabe,

mascando famintos de duras paisagens.

empalita os dentes, escreve durezas e doidices

de rapadura pagã

e come e soberba a carne do mundo

até o gargalo.

o gargalo é o sem corpo.

e o poeta do povo é um habitante só

que migra.

Patrícia Porto

Patricia_Porto
Enviado por Patricia_Porto em 04/11/2011
Código do texto: T3317246
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