RAPADURA *
Dão-lhe agora a moita de cana
E ontem lhe exigiram rapadura...
Dão-lhe a candura
Imprudente, sacana
Cárie do dente,
E ontem lhe deram doçura
Da infância transcorrida
— rascunho de vida
Amargosa tão de repente,
Como pólens da flor madura
A se soltar do pendão, na corrida
Duma missão futura.
* Poema integrante do livro "Junco do Quintal".
Dão-lhe agora a moita de cana
E ontem lhe exigiram rapadura...
Dão-lhe a candura
Imprudente, sacana
Cárie do dente,
E ontem lhe deram doçura
Da infância transcorrida
— rascunho de vida
Amargosa tão de repente,
Como pólens da flor madura
A se soltar do pendão, na corrida
Duma missão futura.
* Poema integrante do livro "Junco do Quintal".