"Chapéu de Couro"

Em terra de homem que mata, Homem não bole, com homem.

Se me olhar atravessado, feijão, tu nunca mais come.

Na peixeira, ou na garrucha, o serviço, sei fazer.

Ou vem amarrar a camisa, ou prepara para correr.

Se tu bebes e perde o prumo, num fala conversa de homem.

Vai beber leite de teta, e diz mamãe to com fome.

Se a coragem faltar, e não tem o que fazer.

Mande a comadre que eu faço, posso até ensinar você.

Se a conversa tá pesada, e você não quer escutar.

Não provoca quem tá quieto, volta já para o teu lugar.

De minha parte compadre, não precisa ter receio.

Eu num mexo com ninguém, Mas se mexe, é bicho feio.

Gosto da lida com gado, e dançar o meu xaxado.

Prá namorar as donzelas, eu dou conta do recado.

O dia que eu encontrar, a minha grande paixão.

Eu vou viver só para ela, e entrego meu coração.

Um cantinho, eu já tenho, só falta os moveis comprar.

Mas tudo isto está facinho, dinheiro tem para pagar.

A família vai ser grande, os filhos são um tesouro.

Por isto eu me garanto, Meu nome é “Chapéu de Couro”.

"Minhas Homenagens a estes heróis, que vivem em terra hostil.

Mesmo assim,cantam e dançam, é a alegria do Brasil .

Aos Nordestinos, amigos, falo com muita emoção.

Eu não vivo no nordeste, Mas ele, em meu coração.

Oripemachado.

Oripê Machado
Enviado por Oripê Machado em 27/10/2011
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