"Chapéu de Couro"
Em terra de homem que mata, Homem não bole, com homem.
Se me olhar atravessado, feijão, tu nunca mais come.
Na peixeira, ou na garrucha, o serviço, sei fazer.
Ou vem amarrar a camisa, ou prepara para correr.
Se tu bebes e perde o prumo, num fala conversa de homem.
Vai beber leite de teta, e diz mamãe to com fome.
Se a coragem faltar, e não tem o que fazer.
Mande a comadre que eu faço, posso até ensinar você.
Se a conversa tá pesada, e você não quer escutar.
Não provoca quem tá quieto, volta já para o teu lugar.
De minha parte compadre, não precisa ter receio.
Eu num mexo com ninguém, Mas se mexe, é bicho feio.
Gosto da lida com gado, e dançar o meu xaxado.
Prá namorar as donzelas, eu dou conta do recado.
O dia que eu encontrar, a minha grande paixão.
Eu vou viver só para ela, e entrego meu coração.
Um cantinho, eu já tenho, só falta os moveis comprar.
Mas tudo isto está facinho, dinheiro tem para pagar.
A família vai ser grande, os filhos são um tesouro.
Por isto eu me garanto, Meu nome é “Chapéu de Couro”.
"Minhas Homenagens a estes heróis, que vivem em terra hostil.
Mesmo assim,cantam e dançam, é a alegria do Brasil .
Aos Nordestinos, amigos, falo com muita emoção.
Eu não vivo no nordeste, Mas ele, em meu coração.
Oripemachado.