Amanhecer na sesmaria

O sol vem bramindo, qual pai de fogo

Apartando a noite do horizonte pampeiro

E a estância vai se acordando

Em bocejos altos e arrastar de garfos.

A manhã tem cheiro de mato orvalhado,

Chão batido e mate amargo.

Tem gosto de brisa do norte, de apojo,

Da canjibrina costumeira pra firmar o pulso.

E no retoço pataqueiro

De aparte, pialo, marca e castração

A indiada vai afirmando fibra e procedência

Secando o cerne da vivência

Mostrando que são dignos desse garrão.

Danielle Lorenzi
Enviado por Danielle Lorenzi em 22/08/2011
Reeditado em 22/08/2011
Código do texto: T3175538
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