Amanhecer na sesmaria
O sol vem bramindo, qual pai de fogo
Apartando a noite do horizonte pampeiro
E a estância vai se acordando
Em bocejos altos e arrastar de garfos.
A manhã tem cheiro de mato orvalhado,
Chão batido e mate amargo.
Tem gosto de brisa do norte, de apojo,
Da canjibrina costumeira pra firmar o pulso.
E no retoço pataqueiro
De aparte, pialo, marca e castração
A indiada vai afirmando fibra e procedência
Secando o cerne da vivência
Mostrando que são dignos desse garrão.