Carta à Alvin

Carta à Alvin – 13/07/2011

Ouvi passos à tarde toda

Só quero acordar quando o sol for dormir

Desapaixonado, compro pão pra dois

Tomo meu café na xícara rachada

Pedra cortada de

Verde ardósia

Visito ruas que jurei não regressar

Na casa do ferreiro digo apenas olá

Na terra dos cegos

Sempre vi Alvin tropeçar

Em torres erguidas há um século

Resguardam as ruínas de meu lar

Na pequenina cidade caminho

Carinho,

Aqui

Sinônimo de arranhar ...

Da varanda contemplo a praça

Dando a graça

Do inverno persifal

Montanha azul em verde listrado no céu laranja

A cor da nuvem reflete apenas a ânsia

Daquele que deseja o despertar

E todo dia tem aquela rua

Bons amigos, bom lembrar

Com o seu mantra a cidade continua

Oferecendo - me o desencanto

De sua política, seu Carnaval e o mesmo bar

Felipe Vieira KPS
Enviado por Felipe Vieira KPS em 13/08/2011
Reeditado em 06/10/2012
Código do texto: T3157899
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