Nordeste de Honra
Estive sentado no seco banco de barro esperando chover e molhar,
Sonhando um sonho que parecia difícil de acabar.
Estive chorando pela volta dos amores da minha terra e lar,
Quero para sempre sentar no banco seco e esperar derramar
Uma única gota de lágrima para eu conseguir vidas inundar.
Meu sertão bondoso e fiel, como te amo! Nunca mais te abandono,
Aqui ficarei pelo bem do meu bem amado calor, fervor e suor.
Meu corpo chora quando de te vou embora, deixando a origem,
Uma vertigem complexa e cheia de amor incompleto.
Pseudo-Herança do frio, quero de volta o incerto plantio.
As rugas no meu rosto são marcas das lutas que contigo passei.
Os calos nas mãos uma herança feita de fatos que encarei,
Sem medo, com força e esperança, sonhamos juntos como irmãos,
E como irmãos iremos morrer nesse vasto e aconchegante sertão.