Nordeste de Honra

Estive sentado no seco banco de barro esperando chover e molhar,

Sonhando um sonho que parecia difícil de acabar.

Estive chorando pela volta dos amores da minha terra e lar,

Quero para sempre sentar no banco seco e esperar derramar

Uma única gota de lágrima para eu conseguir vidas inundar.

Meu sertão bondoso e fiel, como te amo! Nunca mais te abandono,

Aqui ficarei pelo bem do meu bem amado calor, fervor e suor.

Meu corpo chora quando de te vou embora, deixando a origem,

Uma vertigem complexa e cheia de amor incompleto.

Pseudo-Herança do frio, quero de volta o incerto plantio.

As rugas no meu rosto são marcas das lutas que contigo passei.

Os calos nas mãos uma herança feita de fatos que encarei,

Sem medo, com força e esperança, sonhamos juntos como irmãos,

E como irmãos iremos morrer nesse vasto e aconchegante sertão.

Lucios Alvarenga
Enviado por Lucios Alvarenga em 13/08/2011
Código do texto: T3157626
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