CAPOEIRA

Lembro bem, meu camarada
Quando o berimbau tocava
Os meus pés dançavam sóis
Enquanto a roda formava

Lá nos tempos de eu menino
Eu já me criei foi ouvindo
Berimbau e pandeiro tocando
E o chocalho lá sorrindo

Ao som da beriba vergada
E do bom atabaque de couro
Eu encarnava Zumbi
Bimba, Pastinha e Besouro

No pé da viola eu me benzia
Muitas vezes era santa maria
Outas são bento, Iuna, idalina
E até benguela ou cavalaria

Acho que aquela molecagem
E o levante contra as maldades
Era Coisa de negro atrevido
Anunciando a liberdade

Uma apresentação corporal
Que as vezes era arma fatal
O jogo no chão era angola
E o jogo no ar, regional

Aquilo que lá se via
Tipo ginga de gente faceira
Era dança, era jogo e era luta
Era mesmo a tal capoeira

*Homegeia o Dia do Capoeirista
A Alma de um Poeta(Pinho Sannasc)
Enviado por A Alma de um Poeta(Pinho Sannasc) em 03/08/2011
Reeditado em 03/08/2011
Código do texto: T3136452
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