FANTASMAS DE UM TEMPO REAL
Meus sonhos me levam
Pela Estrada Real
E o peso dos meus passos
Arranca gemidos da poeira.
Olhos - entre as folhagens - me vigiam:
Fantasmas de um tempo de dor
Onde se punia os sentimentos,
Ainda que fosse o amor!
Estrada estreita, de curvas e medos,
Que não permitem ver o horizonte.
Há mistério, magia, segredo...
Por detrás de cada monte.
Em Ouro Preto, à luz da lua,
Sinto no corpo um arrepio!
A história ressurge gélida e nua
Embalada por um vento frio.
Gritos, sussurros, lamúrias...
Chicote, punhal, grilhões...
Gemem as seculares pedras, em penúria,
Vomitando sangue, desejos, ilusões!
Sinto o cheiro das Leis, das algemas,
Que não puderam calar a verdade.
Não se pode algemar sonhos...
Não se prende a eternidade!
Pela Estrada Real
E o peso dos meus passos
Arranca gemidos da poeira.
Olhos - entre as folhagens - me vigiam:
Fantasmas de um tempo de dor
Onde se punia os sentimentos,
Ainda que fosse o amor!
Estrada estreita, de curvas e medos,
Que não permitem ver o horizonte.
Há mistério, magia, segredo...
Por detrás de cada monte.
Em Ouro Preto, à luz da lua,
Sinto no corpo um arrepio!
A história ressurge gélida e nua
Embalada por um vento frio.
Gritos, sussurros, lamúrias...
Chicote, punhal, grilhões...
Gemem as seculares pedras, em penúria,
Vomitando sangue, desejos, ilusões!
Sinto o cheiro das Leis, das algemas,
Que não puderam calar a verdade.
Não se pode algemar sonhos...
Não se prende a eternidade!
Alexandre Brito - 31/07/2011