CORSO
Olhei pela janela como quem olha o mar.
Divisei as montanhas que dormiam as próprias entranhas.
Linhas sinuosas fazendo curvas caprichosas contorcendo para espreguiçar suas encostas.
Amanhecia.
O Gigante caia em sono profundo.
Docemente adormecia.
A Poesia, em mim, nascia:
Olhei pela janela
E ali estava ela.
Como pouso oferecia
Suas costas, para a inspiração era fivela.
A vida noturna silenciosa,
A diurna se movia.
Eu abandonava o repouso.
A beleza da natureza sempre cantando,
Não importando se dia ou noite.
Olhei pela janela.
Na Mantiqueira
Os morros serão sempre meus mares.
Serei seu Corso
Viajando olhares pelo seu dorso.
L.L. Bcena, 16/02/2011
POEMA 276 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.