MS. e MT.

Sobre minha cabeça o céu celeste forrado de chumaços de algodão.

O sol escarlate como brasa, esquentava como fornalha, e a vegetação rasteira formando um lindo tapete verde, formava o quadro que na mente tenho guardado.

Ouvi um tropel, que mais parecia raios e trovões.

Eram os boiadeiros levando grande boiada para a invernada; por pouco não morri!

Os animais fogosos e suados, dirigiam-se a todo vapor, e os homens que os conduziam estavam fatigados pela jornada e calor; gritavam como que de dor...

Compreendi como é a vida ali, aquele lugar é para quem é de lá; quem quiser ficar lá, terá que mostrar a que veio, montando em um baio cavalo e dirigindo alguns bois...

É não é fácil não, isso não é para mim! Homem da cidade grande, acostumado com bichos mais velozes, porém mais dóceis...

Talvez se fosse para ser patrão... Mas dinheiro não tenho não; preciso é de emprego!

Mesmo se fosse patrão, como iria conduzir o pelotão, se de boi não entendo nada, só de carne de vitela mal passada.

É tive que dar as costas e voltar, apesar do lugar ser lindo; natureza farta, clima quente, rio fremente, e o cantar da passarinhada...

Tive que voltar!

Para nós é lugar de recreação; já para os moradores de MS. e MT., lá nisso são bons!...

(PEREZ SEREZEIRO)

José R.P.Monteiro –

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Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 13/05/2011
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