AH, COMO EU QUERIA VIVER
vagamundo sem eira,
feito aves do meu sertão,
galos-de-campina, corrupiões,
em vôos rasantes nas leiras,
no seio das cachoeiras,
chorando como cancão,
subindo serras, grotões,
campeando pela mata,
com o sol morrendo adormecer,
acordando o sol no amanhecer.
No martelar da araponga banhar-se
na frieza da cascata...
Ah, como eu queria viver,
como deus criou batata.
vagamundo sem eira,
feito aves do meu sertão,
galos-de-campina, corrupiões,
em vôos rasantes nas leiras,
no seio das cachoeiras,
chorando como cancão,
subindo serras, grotões,
campeando pela mata,
com o sol morrendo adormecer,
acordando o sol no amanhecer.
No martelar da araponga banhar-se
na frieza da cascata...
Ah, como eu queria viver,
como deus criou batata.