RONDÔNIA
Matas mortas
Pastos postos no lugar
O gado vaga
Entre capim e cinzas
Tento
Entre o lençol de fumaça
Encontrar
O verde que resiste
Muitos mortos
Na sedução do ouro
Madeira-Mamoré
Tento
Entre páginas pálidas
Estudar
O tempo que resiste
Mitos mortos
Cada dormente, um morto
Em todo rio, um porto
Gente, sangue arigó
Tento
Entre fotos cinzentas
Enxergar
A gente que resiste
Estende-se o dia
Sobre a cidade em que nasci
E a vida se multiplica
Ávida, a vida ativa
Coragem de prosseguir
Chega a noite
E cobre de cansaço
O corpo tão lasso
Ferido no dia
Sonha o menino
Um dia na escola
Um toque de bola
Um mundo mais claro
Parte de mim procura
No meio de tanta azáfama
O verde
O tempo
A gente
Marcos de meu lugar
Meu coração Guaporé
Bate em compasso de espera
O sonho de uma nova era
Que tarda,
Mas vai chegar.
(1º lugar no Concurso Interno de Poesia do TJRO - 2005)
Matas mortas
Pastos postos no lugar
O gado vaga
Entre capim e cinzas
Tento
Entre o lençol de fumaça
Encontrar
O verde que resiste
Muitos mortos
Na sedução do ouro
Madeira-Mamoré
Tento
Entre páginas pálidas
Estudar
O tempo que resiste
Mitos mortos
Cada dormente, um morto
Em todo rio, um porto
Gente, sangue arigó
Tento
Entre fotos cinzentas
Enxergar
A gente que resiste
Estende-se o dia
Sobre a cidade em que nasci
E a vida se multiplica
Ávida, a vida ativa
Coragem de prosseguir
Chega a noite
E cobre de cansaço
O corpo tão lasso
Ferido no dia
Sonha o menino
Um dia na escola
Um toque de bola
Um mundo mais claro
Parte de mim procura
No meio de tanta azáfama
O verde
O tempo
A gente
Marcos de meu lugar
Meu coração Guaporé
Bate em compasso de espera
O sonho de uma nova era
Que tarda,
Mas vai chegar.
(1º lugar no Concurso Interno de Poesia do TJRO - 2005)