À matriarca serrana
Bendita matriarca da minha pampa serrana
Cerne pátrio das terras de cima.
Tão velha quanto a taipa, marco Catarina
És tropa, cincerro, tarde de ressolana.
Reminiscência histórica dos birivas ancestrais
Empedrada de tantos agostos, pelo tempo olvidada,
Um dia foi pequena e doce semente na terra emalada
Cuntrapunteada de sangue e água, aço e rincho de baguais.
As tuas verdes braças são meu canto,
Raízes fundas quais as minhas nesta terra.
Sinuelo imponente no chão da minha serra -
O serenal das tuas hastes é o meu mesmo pranto
E quando eu voltar à terra, quero tua sombra de mortalha
Só peço ao Patrão Velho que lhe conserve até este dia
No catre de tuas raízes repousarei com alegria:
Aquerenciada eternamente no seio da mãe araucária!