Capitão Virgulino Lampião Poeta do meu sertão

Todo Homem por mais que pareça uma fera

Tem dentro de si um poeta

O próprio Lampião

Cabra temido em todo o sertão

Compunha versos

Com tanta emoção

Falando da guerra

Que vivia naquela terra

Capaz de se expressar

Com rimas glamorosas

Ou versos ao acaso

Tendo seus sentimentos revelados

“Quando pensei que podia

O caso estava sem jeito

Vou dar trabalho ao governo

Enfrentar agora de peito

E trocar bala sem receio

Porque morrendo no tiroteio

Morro satisfeito”

Não temendo nem a morte

Contando com a própria sorte

Descrevia com rimas

O campo de batalha em suas poesias

“Meu rifle atira cantando

No compasso assustador

Faz gosto brigar comigo

Porque sou bom cantador

Enquanto meu rifle trabalha

Minha voz longe se espalha

Zombando do próprio horror”

Mais Virgulino Lampião

Também tinha um amor

Para quem poemas fazia

Compondo com tanta alegria

Deixando de lado os horrores

“Também tive meus amores

Cultivei minha paixão

Amei uma flor mimosa

Filha lá do meu sertão

Sonhei de gozar a vida

Bem junto à prenda querida

A quem dei meu coração”

Foram esses versos que fez

Para Maria Bonita o Lampião

Poeta do meu sertão

Moab Amorim
Enviado por Moab Amorim em 28/01/2011
Reeditado em 28/01/2011
Código do texto: T2757155
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