Capitão Virgulino Lampião Poeta do meu sertão
Todo Homem por mais que pareça uma fera
Tem dentro de si um poeta
O próprio Lampião
Cabra temido em todo o sertão
Compunha versos
Com tanta emoção
Falando da guerra
Que vivia naquela terra
Capaz de se expressar
Com rimas glamorosas
Ou versos ao acaso
Tendo seus sentimentos revelados
“Quando pensei que podia
O caso estava sem jeito
Vou dar trabalho ao governo
Enfrentar agora de peito
E trocar bala sem receio
Porque morrendo no tiroteio
Morro satisfeito”
Não temendo nem a morte
Contando com a própria sorte
Descrevia com rimas
O campo de batalha em suas poesias
“Meu rifle atira cantando
No compasso assustador
Faz gosto brigar comigo
Porque sou bom cantador
Enquanto meu rifle trabalha
Minha voz longe se espalha
Zombando do próprio horror”
Mais Virgulino Lampião
Também tinha um amor
Para quem poemas fazia
Compondo com tanta alegria
Deixando de lado os horrores
“Também tive meus amores
Cultivei minha paixão
Amei uma flor mimosa
Filha lá do meu sertão
Sonhei de gozar a vida
Bem junto à prenda querida
A quem dei meu coração”
Foram esses versos que fez
Para Maria Bonita o Lampião
Poeta do meu sertão