BAGAÇO DE CANA NA AREIA
Bagaço de cana na areia
Suor e lágrimas no chão
Lá vinha entre a poeira
Do meu amado sertão
Lá vinha o velho magoado
E magoado sempre seria
Pois a dor, a fome, a morte,
No seu corpo prevalecia!
Lá vinha o velho magoado
Com seu pobre coração;
Com suas ilusões desfeitas,
Sem nenhum palmo de chão.
Lá vinha entre a poeira
Do meu amado sertão...
Bagaço de cana na areia
Suor e lágrima no chão.
(ANTONIO COSTTA)