Amanhecer na roça.

O dia surge preguiçoso

Tingindo as bordas do horizonte.

Enquanto a noite ainda,

Lentamente vai apagando estrelas.

Farrapos de nuvens sossegadas

Tingen-se de roza.

O ultimo grito do Urutáu.

Desperta a fauna adormecida.

Desmanchão-se penumbras.

A fonte escondida,sussurrando.

Acorda entre brilhos de cristal.

Silhuetas de pássaros rumam para o leste.

O silêncio, a brisa , o mistério.

O dia não quer magoar a noite.

Por isto beija as sombras

Com doces claridades.

Tenta agarrar-se,em certos recantos.

Acobertados por neblinas.

Mas a luz penetrando as brenhas

Desfaz as ultimas brumas,

Véus da madrugada.

Enchendo de cantos e hamonias

Vales e montanhas.

E o dia nasce.

Pinhal 23.12.09 M.G.

Hermes Brasil
Enviado por Hermes Brasil em 17/09/2010
Reeditado em 17/09/2010
Código do texto: T2503325