Minha Ambição Torrona de Paulistano
Em meio às flores heterogêneas de um jardim,
[Entre os milhões de jardins da minha Cantareira],
Senti o ar mais puro que se pode respirar!
Mas lá não fui feliz
Pois sobre as copas dos eucaliptos
Havia um sol que eu não podia enxergar
Sob o Pico do Jaraguá, estive próximo a ele
Tão gigante quanto, tão poderoso... Mas, no entanto
A cidade parecia tão pequena... Tão distante...
Desci para ver o que havia por lá
Tinha grandes propósitos, nenhum dinheiro...
Vi muitas pessoas, nenhuma em particular...
Cantei “Trem das Onze”, sabendo que era 23...
E não mudei o refrão pra concertar
Nada me prende,
Sou o despropósito propositado.
Nasci com boa visão, mas o que quero
Está onde ela não consegue chegar
Tenho pernas fortes, mas lamento não ter asas pra voar
É engraçado.
Quando se deseja o avesso, do avesso, do avesso...
E quando consegue, dá vontade de “desavessar”!