O POTE
No seco sertão
O pote é
A geladeira
Do sertanejo
Muito sofrido
A água barrenta
Buscada no açude
Trazida na lata
Na grande cabaça
Ou mesmo no pote
Coada no pano
Dormida no pote
Ela é servida
A todos de casa
E aos visitantes
Os limpos canecos
De folha de flandre
Ou de alumínio
Luzem brilhantes
Em cima do pote
Bem areados
Com palha de arroz
São arrumados
Num porta copos
Acima do pote
A sua aparência
É convidativa
A sacear a sede
De todo vivente
Que ali adentre
No canto da sala
Em lugar de destaque
Sobre a forquilha
Que serve de móvel
Está o grande pote.
No seco sertão
O pote é
A geladeira
Do sertanejo
Muito sofrido
A água barrenta
Buscada no açude
Trazida na lata
Na grande cabaça
Ou mesmo no pote
Coada no pano
Dormida no pote
Ela é servida
A todos de casa
E aos visitantes
Os limpos canecos
De folha de flandre
Ou de alumínio
Luzem brilhantes
Em cima do pote
Bem areados
Com palha de arroz
São arrumados
Num porta copos
Acima do pote
A sua aparência
É convidativa
A sacear a sede
De todo vivente
Que ali adentre
No canto da sala
Em lugar de destaque
Sobre a forquilha
Que serve de móvel
Está o grande pote.