A um certo candidato
Eu estava sossegado,
Balançando-me em minha rede.
Tu vieste do outro lado;
Para falar-me da tua sede.
Da tua sede de poder,
Da tua vontade de ganhar.
Estás querendo se eleger;
Para poder nos governar.
Para aumentar mais o imposto
E acabar com este gosto
Que, há em mim de balançar.
É por isso que eu te digo,
Não tenho-te como amigo,
E em ti, não vou votar.