ÁGUIA DE OURO – UM GURI VALENTE



Esse é o Águia de Ouro do sertão,
Menino valente não tem outro igual,
Senão naquele grande capoeirão,
Pediu-me que queria ficar famoso,
Sair na poesia e correr os sete mares.

Esperou três meses e hoje o dia raiou,
Vestiu a sua melhor roupa para o poeta,
Sentou-se na cadeira e ali ele posou,
Sem riso e sério, ele um dia... Assim sonhou.

Miúdo pobre que faz de tudo com satisfação,
Amansador de animais e um grande roçador,
Derruba um boi e não teme qualquer função,
Faz tudo sozinho, é um Hércules sem um tostão.

Com doze pedras de idade caminha na infância,
Sabe ler e escrever com rapidez de um leão,
Possui uma roça de seis linhas com moderação,
Faz cerca de arame farpado, abanos e cofos.

Um pequenito que deveria somente estudar,
Sem pai e mãe dá o duro junto com os irmãos,
É tão forte que alguns apelidam de trator,
Esse é o Águia de Ouro, artista do meu sertão.


Dedico ao menino - Águia de Ouro da localidade Viveiro, que corre distância quando sabe que por lá eu vou passar. Grande abraço e siga as instruções que lhe ofertei. Na próxima visita levarei o seu Cd-player portátil e a coleção da banda.

Vai o som que você sempre pede da Tribo de Jah - Regueiros guerreiros.

 
Abraços
ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 15/08/2010
Reeditado em 26/07/2017
Código do texto: T2439909
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