BALADA DO MANDACARU
Eu sempre vou dá um adeus vendo o céu,
E com a mão direita eu alcanço o sol,
Sei qu’ é um rumo longe pra dedéu,
Tô firme e venço barrais no arrebol,
Eu não saio daqui também não sou réu,
Sou todo o sertão sem consolação,
Inda sou no íntegro sertão um troféu,
O meu verde é vida na solidão.
Seca não me come e não faz ao léu,
Eu sou água e sou alimento neste rol,
Vivo só na caatinga e não tenho chapéu,
E faço o silencio reinar em prol,
Das distinções eu fico quão um ilhéu,
Aqui não tem ciclone ou furacão,
Nada me derruba ou faz fogaréu,
Eu sou eterno neste mar de canção.
Não me arrase com o teu o ’lhar de véu,
Não tô falando n’ idioma espanhol,
Vem, inda há lugar no casaréu,
Arriba a vista aqui não ‘em girassol,
É sertão bravo não tem nem pitéu,
Só há noite de luar sem um tufão,
E sem mel não acena nenhum xexéu,
No meu galho verd’ em pura emoção.
Ofertório
Sem ardil, eu não vou pro beleléu,
Vou ficar no centro do meu sertão,
Não caio. Posso até ficar um leréu,
Sou tão forte e nada temo podridão.
Solta som na caixa, Luiz Gonzaga! rs
Eu sempre vou dá um adeus vendo o céu,
E com a mão direita eu alcanço o sol,
Sei qu’ é um rumo longe pra dedéu,
Tô firme e venço barrais no arrebol,
Eu não saio daqui também não sou réu,
Sou todo o sertão sem consolação,
Inda sou no íntegro sertão um troféu,
O meu verde é vida na solidão.
Seca não me come e não faz ao léu,
Eu sou água e sou alimento neste rol,
Vivo só na caatinga e não tenho chapéu,
E faço o silencio reinar em prol,
Das distinções eu fico quão um ilhéu,
Aqui não tem ciclone ou furacão,
Nada me derruba ou faz fogaréu,
Eu sou eterno neste mar de canção.
Não me arrase com o teu o ’lhar de véu,
Não tô falando n’ idioma espanhol,
Vem, inda há lugar no casaréu,
Arriba a vista aqui não ‘em girassol,
É sertão bravo não tem nem pitéu,
Só há noite de luar sem um tufão,
E sem mel não acena nenhum xexéu,
No meu galho verd’ em pura emoção.
Ofertório
Sem ardil, eu não vou pro beleléu,
Vou ficar no centro do meu sertão,
Não caio. Posso até ficar um leréu,
Sou tão forte e nada temo podridão.
Solta som na caixa, Luiz Gonzaga! rs