CADÊ MEU PÃO DE QUEIJO?
(FranMello & Milla Pereira)
Comentário feito por mim
ao texto de Franmello
MINAS E TEUS ARRAIÁS (T2342914)
Menina, passei aqui
Pra lhe deixar o meu beijo
Mas me diga cá, daí:
Tem também meu pão de queijo?
(Milla Pereira)
A Fran,
poeta de primeira qualidade,
mineira boa dimais da conta,
gostou do comentário
e enviou-me estes versos:
CONVITE À MILLA PEREIRA
(Franmello)
Vem prá cá amiga minha
Cê num vai arrepender
Aqui se serve uma canjiquinha
De joelho cê vai comer
Tem também uma tal galinha
Caipira e muito boa
Pra fazer com a farinha
De milho, nesta terrinha boa
Um frango com quiabo
Este eu te preparo
Cê vai até engordecer
Tem sustança,faz crescer
Tem couve,angú e feijão
Que faz mineiro solta rojão
De tão gostoso que é
Vem aproveitar a maré
O pão-de-queijo quentinho
Te preparo com amor
Com esse nosso jeitinho
Comemoraremos com fervor
É gratuito, te prometo
Receber-te com AGRADO
Por ser tu uma guria
De coração MINERADO!
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Milla, minha querida,
vê se tu gosta.
Se gostar é tua, pode públicar
e, quando quiser, vem para Ubá
que eu cumpro a promessa
com muito carinho.
Um abraço.
(Franmello)
Fran.
É claro que vou publicar.
E lhe respondo,
com o maior prazer.
Beijos.
(Milla)
ME ESPERA QUE EU TÔ CHEGANDO!
(Milla Pereira)
Eu nasci por estas terras
Das Minas Gerais querida
Lá no pé daquela serra
Eu comecei minha vida.
Perdi mãe, meu pai também,
Mas é grande a irmandade.
Deixei-os lá, vivendo bem,
E migrei p’resta cidade.
Toda vez que eu retorno
À cidade, meu torrão,
O meu pranto eu entorno
Com amor, eu beijo o chão.
Franmello, tu não conheces,
Desta reza, a metade.
Quando a gente padece
Quase morre de saudades.
Saudades do milho verde
E da pamonha quentinha.
Da casa, com as paredes,
Mal pintadas, por Zequinha.
Saudades da caçarola
Onde minha mãe fazia,
Geléia de carambola
E o doce de aletria,
Ai, meu Deus, o pão de queijo,
Desmanchava em minha boca.
O fruto do meu desejo
Que ainda me deixa louca.
A galinha com quiabo
Feita com água da bica
Até hoje eu me acabo
Em um prato de canjica.
Naquele fogão à lenha
Onde no rabo, eu sentava,
- Que o choro não me detenha
Os sonhos eu costurava.
Eu vou sim, te visitar,
Isto é o que desejo.
Prometo te ajudar
A fazer meu pão de queijo.
Chegarei com muita fé
E sei que sou esperada.
Pão de queijo no café
No almoço – galinhada.
AMIGOS QUE CHEGAM,
ENRIQUECENDO ESTA PÁGINA.
Estou aqui me afogando,
Com tanta água na boca...
Eu sei que comida pouca,
Não é do que tão falando...
Minas é a terra da fartura,
E não perderia tal ensejo,
Galinhada e pão de queijo,
São da melhor gostosura...
Por isso estarei presente,
Pode por mais um lugar,
Não pretendo me atrasar,
Pois gosto de tudo quente...
Tenho tido alegrias,
Mas esta foi desmedida,
Com maior intensidade,
Devido a minhas queridas.
Duas poetizas de peso,
Presentes na minha vida,
Amo tanto a vocês duas,
Minhas bonitas gurias.
Cheguei e fui me servindo
Com apetite exagerado
Eu juro, não estou mentindo
Tenho que tomar cuidado.
Pois a comida mineira
Me deixa enlouquecida
Das comidas brasileiras
É uma das preferidas.
Uai indo pra ubá
Proveite pra soboréa
Um bôlo de fubá
Nessa banda de cá
Nois nunca deixa farta.
Óia, o bunitím istá chegâno
Vô cumê galinha inçopada
Fejão tropêro mastigâno
C'uma linguiça defumada
Pão de quêjo, danado de bão
Eu cômu mermo de montão
Inté barriga ficá inxada!
Eu vô falâno a verdade
Purquê nunca falo bestêra
Gosto de muntas variedade
Dessas cumida de premêra
Por ôndi andei nêssi Brazil
Cumida que mais mi sirviu
Fôi essa danada da minêra!