Por entre amores, em Minas. (de Gustavo para Lúcia da padaria)
Todos hábitos mineiros
Todos que são compadres
Sabem o quanto é bom tirar leite de vaca
Sabem bem como caçar uma paca
Pesca, prosa e graça
Dizendo que no rio tinha muita piranha
Como essas desta praça!
Para Minas não tem som bonito...
Não sem as penumbras da boemia.
Um verso errado não é escrito!
Eu amo a Lúcia da padaria!
Que ao amanhecer me diz bom dia...
Que ao escurecer me apego
Encontros entre música e ego
A todas as suntuosas fantasias
Que rodeiam as montanhas
Danço lentamente por entre elas
com minha sombra em parcelas...
Vai devagar como minas
Sigo o vento que guia sinas
Eu já tenho muito pra contar na praça
Já fui de um lado ao outro do rio!
Comecei pequeno, mas mineirinho...
Deixem as mulheres nas janelas
Deixa as histórias saírem pelos ares...
Serenatas se estenderem como cabelos
Que resgatem o verdadeiro
Jeito amoroso do mineiro
Que vai de passageiro
No táxi da Lúcia da padaria
Ela trabalha dois turnos!
Ah Lúcia...quem diria!
É...Minas tem dessas coisas
Tanto acontece nas cabeças caladas
Que acabam saindo outras mentes,
em transtornos!
Rezo pra que esta natureza
não se acabe!
Essa força de raiz
Que ampara e sufoca