LEMBRANÇAS DE CHUMBREGADAS

Chumbregada boa era com Maria

Eita mulé quente, valente por dentro da saia

Se ta comigo ninguém atrapaia

Nem pisada de gente, nem ruído de gia

Quando entrava num quarto com Maria

Num tinha cansaço, nem afobação que desse jeito

Quando ela me botava no meio dos seus peito

Eu so queria era seguir a romaria

Maria era a menina que roçava no meu pomar

Menina tão elegante, era motor de arranque

Pra meu pensamento decolar

Mulher de marocagem tremenda

Cinturinha feita de renda

Uma bundinha divinar

Maria pegava fogo

Maria bebia água

Maria me acomodava

Maria me dava chão

Maria de seu Tião

Maria mocinha de família

Maria de gasolina

Maria de pe no chão

A chumbregancia com Maria

era mais ou menos assim

Uma amolegada nos peito

Uns pega nos pé de capim

Era perna roçando na perna

Era corpo se amulecendo

Era portinha do inferno

Era dois quente e um fervendo

Mas de tanta safadanhagem

Acho que ela se encheu

Disse que num queria mais aquilo

Que era coisa de Zé bedeu

Foi simbora para sempre

Parece que nunca me amou

Quando voltou pra capitá

Num convento se alistou.