MINHA MINAS GERAIS!
LEMBRO-ME DA MODA RANCHEIRA LÁ DO SERTÃO.
DA NOITE ENLUARADA A ILUMINAR A VASTIDÃO.
E A BEIRA DA FOGUEIRA, O SOPRAR DE UM VIOLÃO.
PALAVRAS NADA ENSAIADAS SAEM EM FORMA DE LOCUÇÃO
E NA FACE DA PLATÉIA, OLHARES DE EMOÇÃO.
ALI SÃO RIMADOS, VERSOS JÁ CONHECIDOS.
CONTAM A VIDA DE UM POVO.
NA LABUTA O MARTÍRIO.
SÃO CAMPONESES E SIMPLÓRIOS.
NÃO CONHECEM O MODISMO.
SÓ PRECISAM DE SEUS CAMPOS.
DE VASTOS HORIZONTES LONGÍNQUOS.
NA PLANTAÇÃO TIRAM SEU SUSTENTO.
CUIDAM DA TERRA COM LOUVOR.
NO CAIR DA NOITE O QUE ESPERAM É OUVIR O TROVADOR.
SÃO HONESTOS E VALENTES
NÃO SE VENDEM PRO DOUTOR.
QUANDO SE SENTEM ANGUSTIADOS.
BUSCAM FORÇA NO SENHOR.
SE NÃO HOUVESSE ESSA GENTE.
DE FUTURO PROMISSOR.
DE QUE IMPORTARIA ENTÃO.
VISITAR O INTERIOR?
LÁ NADA ENCONTRARÍAMOS.
VIAJAR NÃO TERIA SABOR.
NAS MINAS O QUE BEM CONHECEMOS.
È O MINEIRO ACOLHEDOR.
QUE RECEBE COM CARINHO.
SEU NOBRE VISITADOR.
SE PUDESSE ESCOLHER.
OUTRO LUGAR NÃO SERIA.
POIS JÁ TENHO AQUI.
AS BÊNÇÃOS DIVINAS.
OBRIGADO MEU SENHOR .
E NÃO MAIS ME ESTENDERIA.
POIS NAS MINAS GERAIS.
VIVO COM ALEGRIA!