VÉIO NICO
Dos estropiados da vida Véio Nico era mais um
A força já esmaecida e a algibeira sem nenhum
Sem rumo nem pouso certo, escravo da situação
Qualquer galpão emprestado era o rancho da ocasião
Dando repouso à carcaça junto de um fogo de chão
Fiel parceiro da pinga, era alegre e falastrão
Pra disfarçar a tristeza que ardia em seu coração
E anestesiar o sofrer da existência sem razão
Dentre estropiados da vida Véio Nico era mais um
A força já esmaecida e a algibeira sem nenhum
Das famílias do lugar pouca e avarenta atenção
Relegado a mero traste, qual bicho de estimação
Cachimbito de taquara e o catre junto do chão
Nem notícias de um parente disposto a lhe dar a mão
Fantasiava ser amante das mocinhas da região
Mas só recebia cortejo do bico do garrafão
Dentre estropiados da vida Véio Nico era mais um
A força já esmaecida e a algibeira sem nenhum
Morreu numa enfermaria largado sem atenção
Nem ao menos funeral se realizou na ocasião
Um improvisado de tábuas que lhe serviu de caixão
Foi baixado a sete palmos ninguém puxou oração
Na rude cruz falquejada nem ao menos inscrição
Assim se foi Véio Nico, dando adeus à solidão
Dentre estropiados da vida Véio Nico era mais um
A força já esmaecida e a algibeira sem nenhum
Elizandro M. Pellin -
Nascido em Santo Antônio do Suldoeste do Paraná, colaborador da rádio universidade FM apresentando semanalmente o programa sons do minuano. Advogado formado pela Universidade Estadual de Londrina, presidente da subseção da Ordem dos Advogados de Londrina gestão 2010/2012.
Obs. Venha participar conosco do Encontro de Poetas de Londrina
www.estanciacachoeira.com.br
Dos estropiados da vida Véio Nico era mais um
A força já esmaecida e a algibeira sem nenhum
Sem rumo nem pouso certo, escravo da situação
Qualquer galpão emprestado era o rancho da ocasião
Dando repouso à carcaça junto de um fogo de chão
Fiel parceiro da pinga, era alegre e falastrão
Pra disfarçar a tristeza que ardia em seu coração
E anestesiar o sofrer da existência sem razão
Dentre estropiados da vida Véio Nico era mais um
A força já esmaecida e a algibeira sem nenhum
Das famílias do lugar pouca e avarenta atenção
Relegado a mero traste, qual bicho de estimação
Cachimbito de taquara e o catre junto do chão
Nem notícias de um parente disposto a lhe dar a mão
Fantasiava ser amante das mocinhas da região
Mas só recebia cortejo do bico do garrafão
Dentre estropiados da vida Véio Nico era mais um
A força já esmaecida e a algibeira sem nenhum
Morreu numa enfermaria largado sem atenção
Nem ao menos funeral se realizou na ocasião
Um improvisado de tábuas que lhe serviu de caixão
Foi baixado a sete palmos ninguém puxou oração
Na rude cruz falquejada nem ao menos inscrição
Assim se foi Véio Nico, dando adeus à solidão
Dentre estropiados da vida Véio Nico era mais um
A força já esmaecida e a algibeira sem nenhum
Elizandro M. Pellin -
Nascido em Santo Antônio do Suldoeste do Paraná, colaborador da rádio universidade FM apresentando semanalmente o programa sons do minuano. Advogado formado pela Universidade Estadual de Londrina, presidente da subseção da Ordem dos Advogados de Londrina gestão 2010/2012.
Obs. Venha participar conosco do Encontro de Poetas de Londrina
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