Na saudade da cabloca.

Descansa o caboclo,

Vestindo-se de saudade

Da cabocla serena,

Que se foi com a vaidade.

E com os olhos cerrados

Sua alma transpira com a paz,

Inspirando o ponteio manhoso,

Que somente a dor de amor é capaz!

O dedo desliza sobre a requinta,

Descendo do infinito de seu timbre,

Para dentro de seu coração;

A ceifar a dor, sem cor, nem acordes.

Eis a justa formula de cura,

Que na injuria não se abate

E nem abate o coração ausente,

Que faz doente, o caboclo no amor!

Edificando seu olhar ao céu,

Entoa suas juras Sob o manto,

Sorrindo em uma toada rancheira,

Envolvendo-se com a luz da lua.

...........” Catarino Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 19/04/2010
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