NAS MÃOS DO TOCAIO
Brilhou o sol de maio,
Deu luz ao poema,
Refletiu na pena
Alma e coração...
De laço na mão
Partiu num tobiano,
Aquele veterano
De campo e galpão.
O homem permanece
Na obra que fica...
E quando ela é rica,
Então ninguém esquece!
A palavra enobrece
Quando tem sentido;
Quando um pago perdido
Melhor se conhece!
Poeta de alma, de campo e de gado.
Poeta da lida, de oveiros e baios...
Amores e sonhos, rodeios parados...
A vida mais linda nas mãos do Tocaio!
Tua alma de poço,
Teu jeito de rio...
O falar macio...
Os sonhos de moço.
As rimas...colosso!
Campeira amizade!
Palavra e verdade.
Potros em alvoroço!
Nas idas e vindas
Da palavra escrita,
Tua obra bonita
É futuro e passado!
Teu verso recitado,
Lido ou tocado,
Falado ou cantado
É um eterno legado!