NAS MÃOS DO TOCAIO

Brilhou o sol de maio,

Deu luz ao poema,

Refletiu na pena

Alma e coração...

De laço na mão

Partiu num tobiano,

Aquele veterano

De campo e galpão.

O homem permanece

Na obra que fica...

E quando ela é rica,

Então ninguém esquece!

A palavra enobrece

Quando tem sentido;

Quando um pago perdido

Melhor se conhece!

Poeta de alma, de campo e de gado.

Poeta da lida, de oveiros e baios...

Amores e sonhos, rodeios parados...

A vida mais linda nas mãos do Tocaio!

Tua alma de poço,

Teu jeito de rio...

O falar macio...

Os sonhos de moço.

As rimas...colosso!

Campeira amizade!

Palavra e verdade.

Potros em alvoroço!

Nas idas e vindas

Da palavra escrita,

Tua obra bonita

É futuro e passado!

Teu verso recitado,

Lido ou tocado,

Falado ou cantado

É um eterno legado!

Ramiro Amorim
Enviado por Ramiro Amorim em 21/02/2010
Código do texto: T2099457
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