Sant’Anna dos Olhos D’Água
Canto Primeiro: A terra
No princípio
Uma amplidão
Entre brejos, matas,
Cerrados,
Banhados...
Água brotando por todos os cantos
Em profusão...
Depois,
Uma casa,
Duas...
Quatro!
No alto,
Além córrego
Humilde capela
Surge
Restaurando o sagrado
A fé e o bem...
Aquele sertão
Transmuda-se em ponto de parada
De tropeiros
Boiadeiros,viajantes...
Gente cansada, itinerante
Bandeirantes
De outras eras,
Buscando sonhos e quimeras
Passando
Chegando
E ficando...
Uma vila se originou
Cercada de tantas águas
De tantos córregos
Lagoas e descampados
Terra de todos os anseios
Terra das esperanças
E assim
Santa Ana de nossas andanças
Santa Ana de todas as Mães
Santa Ana de tantas águas
Sant’Ana dos Olhos D’Água!...
(Imagem: OST de Antonio Maranha)
Vinhedo, 4 de fevereiro de 2010.
Benevides Garcia Barbosa Júnior