Minhas tralhas
Eu já me sentia cansado
De perder muitas batalhas
Peguei meu carro de boi
Nele coloquei minhas tralhas
E sai a rodar pelo o mundo
A procura de um novo lugar
Que me desse uma nova chance
Pra minha vida eu recomeçar
Mas o tempo não foi meu amigo
Sem dinheiro o que seria de mim
Na cidade não encontrei trabalho
Minhas finanças estavam no fim
Um dia encontrei um fazendeiro
Meu caro de boi pra ele eu vendi
Comprei um barraco fora da cidade
Um pedacinho de terra eu consegui
Um pequeno riacho passava por lá
Alguém me disse e tempo perdido
Nesta terra só nasce erva daninha
Por ser teimoso não lhe dei ouvido
Apertei o cinto, comprei um cavalo,
Com ele no arado a terra eu lavrei
Com a água que tinha reguei a terra
Hoje colho os frutos que ali plantei
Minhas tralhas eu conservo comigo
Pra lembrar o tempo que a muito se foi
Só me falta agora achar o fazendeiro
E comprar de volta o meu carro de boi!
Pelotas: 02 / 01 / 2010