Minhas tralhas

 

 

Eu já me sentia cansado

De perder muitas batalhas

Peguei meu carro de boi

Nele coloquei minhas tralhas

 

E sai a rodar pelo o mundo

A procura de um novo lugar

Que me desse uma nova chance

Pra minha vida eu recomeçar

 

Mas o tempo não foi meu amigo

Sem dinheiro o que seria de mim

Na cidade não encontrei trabalho

Minhas finanças estavam no fim

 

Um dia encontrei um fazendeiro

Meu caro de boi pra ele eu vendi

Comprei um barraco fora da cidade

Um pedacinho de terra eu consegui

 

Um pequeno riacho passava por lá

Alguém me disse e tempo perdido

Nesta terra só nasce erva daninha

Por ser teimoso não lhe dei ouvido

 

Apertei o cinto, comprei um cavalo,

Com ele no arado a terra eu lavrei

Com a água que tinha reguei a terra

Hoje colho os frutos que ali plantei

 

Minhas tralhas eu conservo comigo

Pra lembrar o tempo que a muito se foi

Só me falta agora achar o fazendeiro

E comprar de volta o meu carro de boi!

 

 

Pelotas: 02 / 01 / 2010

 

 

Volnei Rijo Braga
Enviado por Volnei Rijo Braga em 02/01/2010
Código do texto: T2007519
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