A beira rio
A cascata em queda livre
Desafia a gravidade, cai mansa
O tortuoso barranco
Deixa o rio caudaloso e sereno
A paineira debruça seus galhos sobre as águas
E se faz firme e não cai
A escadinha toda torta
Rachada pelo tempo, nos leva
E nos entrega ao rancho beira rio
Que ostenta o velho fogão a lenha
Este que aquece a panela de ferro
Tem tutu e galinhada!
Ás vezes piaba e pirão...
Neste tal tem prosa e tem piada
Tem amizade, na chegada
E saudade na saída!
São velhos companheiros
Que ensina a molecada
A cuidar de quem nos cuida
Sem cobrar nada.
A viola chorosa entoa em mi
É uma cantiga daqui
Fala de nós e de Davi
De uma luta histórica
Que parece sem fim
Mas com final feliz.
...........” Catarino Salvador “..