ENTRE O ARGON E O INFINITO

Da noite cerrada nasceu por entre a bruma,
Uma nova alvorada,
uma nova magia,
sem causa nenhuma!
Por entre o nevoeiro intenso,
que a manhã previa,
Por entre o hidrogénio, o Argon
e o Hélio,o teu espirito subia!
.
Lá nessa imensidão do infinito azul do céu,
Onde a vista se perdia,
entregaste a tua alma,
Que já não te pertencia!!
Eis-te, num jeito alado,
sem barreiras!
Sem seres pássaro e voando,
sobre o horizonte....
.
Entre Alcácer e o Sado!
Alcácer se apresenta qual Princesa,
Numa história de encantar,
De branco e o rubro adornada!
Num silêncio abandonada!
Numa candura tamanha,
Pintada em cores de aguarela!
Numa das telas mais belas,
Da paisagem Alentejana!

Por entre o verde dos arrozais,
lá em baixo...
Onde a vista se perdia,
por entre loucuras esmeraldas,
Surgem os pássaros, aos ais!!
O vento sopra plácido,
alterando a coloração,
E num embalo sincopado,
vai acalmando o coração!

Na linha do horizonte,
Onde o dia se casa co' a aurora,
Apadrinhado pela Lua, 
pelo Sol que se aflora,
Sentes uma calma tamanha....
A paixão da liberdade,
que de uma certa maneira,
Te faz esquecer a ruideira,
Do propulsar do motor!

Nesse balão aventureiro,
que te lança no espaço inteiro,
Foi nesse dia primeiro,
Que te despertou a paixão,
de voares como um condor!
Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 07/07/2006
Reeditado em 13/06/2010
Código do texto: T189179
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