LAMEGO
JoaKim Santos

Erguida ao centro e na espera
Escuta as vozes da esperança
Sobre decisões pondera
A razão, sabedoria e perseverança

Num circulo fechado, já aberto
Dos tempos decorridos
Presente e futuro incerto
Ouve lamurias e gemidos

Passa o peregrino com seu capuz
Pagando sua promessa
Atentos atónicos levam sua cruz
Impávidos serenos e sem pressa

São décadas , não pára o tempo
Aguas cristalinas murmuram
Expostas ao pecado, ao sol e ao vento
Reclamam a razão e no silencio perduram

Para pagar o prometido
Tantos degraus como dias tem o ano
São tantos a escadaria que já tem subido
O ateu, o caminhante religioso ou profano

Do alto a paisagem majestosa
Entre serras a vida prevalece
Uma cidade linda e religiosa
Visitada, vivida até que anoitece

Própria, genuína com enorme eco
Cidade de concentração
Linda como outras é Lamego
Gentes genuínas e pagão

Localizada na beira alta
Paragem que é obrigatória
Mesmo para quem nada faz falta
A maravilhosa e cidade satisfatória

Portugal / Lamas
21Ago06