O RIO DAS MORTES

Sentei à beira do rio

Das mortes para pensar

Essa beleza eloqüente

Que mais parece corrente

Feita dum fogo ardente

No elo do meu pensar.

Sentei à beira do rio

Das mortes sem lamentar

A água levando o ouro

A espuma a borbulhar

Borbulha também minh’alma

Diante desse meu sonhar.

No afã de sua imponência

Beija-se a pedra-sabão

Pululam milhões de idéias

Na minha imaginação

Das mortes tornou-se vida

Sem o capão da traição.

Hoje... Pelo contrário!

É a nossa salvação

Mantê-lo vivo pra sempre

Acabar com a poluição

Sentir de novo a beleza

De toda sua grandeza

A beijar suavemente

Nossa bela e rara jóia:

Aureliano Mourão...

* Capão da Traição

luta de Fazendeiros com Bandeirantes.

mortos jogados dentro do rio

* Aureliano Mourão

Comunidade (antiga Est. Ferroviária Maria Fumaça)

Dinis
Enviado por Dinis em 22/07/2009
Código do texto: T1714226